Mulher...

terça-feira, 6 de julho de 2010


O escritor americano Walter Trobisch narrou em seu livro “Amor: Um Sentimento a Ser Aprendido”, uma lenda indiana sobre a criação do homem e da mulher. Diz ele que o criador ao criar o homem, usou todos os elementos sólidos da natureza e, ao fazer a mulher, percebe que não havia mais nenhum elemento sólido, concreto, disponível. Então, resolve o criador tomar o farfalhar da grama, a doçura do mel, o canto do rouxinol, a astucia de uma serpente, prudência de uma pomba, a crueldade de uma tigresa, a tagarelice de um papagaio e cria a mulher.
“Após uma semana, o homem voltou e disse: - Senhor, a criatura que você me deu faz a minha vida infeliz. Ela fala sem cessar e me atormenta de tal maneira que nem tenho tempo para descansar. Ela insiste em que lhe dê atenção o dia inteiro… e assim as minhas horas são desperdiçadas. Ela chora por qualquer motivo e fica facilmente emburrada e, às vezes, muito tempo ociosa. Vim devolvê-la porque não posso viver com ela.
Depois de uma semana o homem voltou ao Criador e disse: - Senhor, minha vida é tão vazia desde que eu trouxe aquela criatura de volta! Eu sempre penso nela, em como ela dançava cantava, como era graciosa, como me olhava, como conversava e comigo e como se achegava a mim. Ela era agradável de ver e de acariciar. Eu gostava de ouvi-la rir. Por favor, me dê ela de volta. - Está bem, disse o Criador. E a devolveu.
Mas, três dias depois, o homem voltou e disse: - Senhor, eu não sei. Eu não consigo explicar, mas depois de toda esta minha experiência com esta criatura, cheguei à conclusão que ela me causa mais problemas do que prazer. Peço-lhe, tomá-la de novo! Não consigo viver com ela! O Criador respondeu: - Mas também não sabe viver sem ela. E virou as costas para o homem e continuou seu trabalho. O homem desesperado disse: Como é que eu vou fazer? Não consigo viver com ela e não consigo viver sem ela. E arremata o Criador: - Achei que, com as tentativas, você já tivesse descoberto. Amor é um sentimento a ser aprendido. É tensão e satisfação. É desejo e hostilidade. É alegria e dor. Um não existe sem o outro. A felicidade é apenas uma parte integrante do amor. Isto é o que deve ser aprendido. O sofrimento também pertence ao amor. Este é o grande mistério do amor. A sua própria beleza e o seu próprio fardo. Em todo o esforço que se realiza para o aprendizado do amor é preciso considerar sempre a doação e o sacrifício ao lado da satisfação e da alegria. A pessoa terá sempre que abdicar de alguma coisa para possuir ou ganhar outra coisa.
Terá que desembolsar algo para obter um bem maior e melhor para sua felicidade. É como plantar uma árvore frente a uma janela… Ganha sombra, mas perde uma parte da paisagem. Troca o silêncio pelo gorjeio da passarada ao amanhecer. É preciso considerar tudo isto quando nos dispomos a enfrentar o aprendizado do AMOR.
É assim… não sabemos viver com elas, mais definitivamente, não sabemos viver sem elas. Somos dependentes do sexo frágil. Eis a antítese, nossa maior fraqueza é a nossa maior força.
“Me diz, Deus, o que é que eu faço agora?
Se me olhando desse jeito ela me tem na mão
“Meu filho, agüenta.
Quem mandou você gostar
Dessa mulher de fases?”
Complicada e perfeitinha,
Você me apareceu.
Era tudo que eu queria,
Estrela da sorte.” (Mulher de Fases - Raimundos
Composição: Rodolfo / Digão / Fred / Canisso)
Nossas mulheres estão crescendo. Da luta ao direito do voto a presidente de nações. Os três mais importantes países da América do Sul; dois são governados por mulheres, Argentina e Chile, e o Brasil, ao que tudo indica será, e o país mais importante da Europa, Alemanha, também é governado por uma mulher.
“Dizem que a mulher
É o sexo frágil
Mas que mentira
Absurda!
Eu que faço parte
Da rotina de uma delas
Sei que a força
Está com elas…” (Mulher -Composição: Erasmo Carlos - Narinha)
Mulheres de Atenas, brasileiras, marcianas, americanas. Brancas, negras, pardas, amarelas. Altas, baixas, medianas. Magras, gordas, tricanas. Falantes, quietas, dissonantes. Amadas, amáveis, tratáveis. Polares, bipolares, tripolares. Minha, sua, nossa. Mães, filhas, netas, bisnetas. Avós, bisavós, tataravós. Charmosas, elegantes, chiques, bregas, cegas. Do norte, do sul, do leste, do oeste. Mulheres que amamos!
Pra descrever uma mulher
Não é do jeito que quiser
Primeiro tem que ser sensível
Se não, é impossível
Quem ver, por fora, não vai ver
Por dentro o que ela é
É um risco tentar resumir
Mulher…(Mulher - Elba Ramalho)
A mulher, como a língua portuguesa, não pode ser simplifica nem bestializada…é pessoa complexa.
Mulher, mulher, mulher
A mulher é a mulher
Melhor que uma mulher
Só dez mulher
Só dez mulher
Melhor que dez mulher
Só mil mulher
Só mil mulher

Uma mulher, duas mulher,
Três mulher, quatro mulher
Cinco mulher, seis mulher
Sete mulher, oito mulher
Nove mulher, dez mulher (Mulher, Mulher, Mulher -Neguinho da Beija Flor e Murilo Rayol)
O amor é uma escolha e uma ação. Escolha amar. Faça por amar. Amemos nossas mulheres! Nós não vivemos sem elas.
I si o mundo revirá
Nóis agarra no barranco
I si o carro enguiçá
Nóis arranca ele no tranco
Si o dinheiro acabar
Nóis levanta mais no banco
Mais só não pode é acabar com as muié
Nóis não vive sem muié
Nois é doido por muié (Nois Não Vive Sem Muié - Gilberto e Gilmar)

2 comentários:

Márcia disse...

oiiii...
voltei a visitar os blogs hj...depois de muito tempooo...hihihihi...gostei desse textooo...da lenda, das músicas, da organização...parabéns amigoooo...

Gabriela e Lucas Abreu disse...

Nossa, extremamente interessante...
gostei muito, parabéns..

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"Examinai tudo. Retende o que é bom.”
- I Tessalonicenses, 5:21 -

O Senhor e Rei eterno
 

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