METANOIE-TE

domingo, 13 de dezembro de 2015

"Esse mundo da não-morte, esse mundo da sabedoria e do discernimento e da compaixão, eu creio que é isso que todos nós buscamos. Temos diversos ecos com os ensinamentos do Evangelho.

A primeira frase de Jesus é: Metanoie-te. Que muitas vezes é traduzido por:Convertei-vos. Como uma tradução da palavra hebraica Teshuvá, que significa voltar para si mesmo, voltar para sua terra.
Os antigos diziam que a conversão é voltar daquilo que é contrário a nossa natureza para aquilo que lhe é próprio. Reencontrar em nós essa natureza do Cristo. Essa natureza que é ao mesmo tempo luz e compaixão.
Mas qual caminho tomar?
E é aqui que a palavra Metanoie-te é importante. Assim como na palava metafísica, o radical meta significa além, por além, do mental. 
Metanoie-te é um convite a irmos além do mental. Ou seja, na maior parte do tempo vivemos em nossos pensamentos, não vivemos a realidade, vivemos na realidade interpretada; sejam as interpretações positivas, negativas ou neutras da realidade. E trata-se de irmos além dessas representações, e entrarmos num olhar puro, virgem, de todas as projeções; um olhar esvaziado de todas essas projeções que projetamos sobre o real. Não vemos a realidade, mas sim as imagens, as ideias, julgamentos sobre a realidade, e trata-se de sair dessa ilusão. Me lembro de um encontro que tive com Dalai Lama, e lhe perguntei o que era Nirvana, e ele me respondeu: Ver tudo tal como é.
Confesso que num primeiro momento isso não me fez voar tão alto. Mas é a realidade, nós não vemos as coisas como elas são, e jamais vimos; só conseguimos ver através de nossas projeções, atrações, repulsões, todas essas memórias do passado. 


Aqui temos uma palavra do Evangelho, e que também encontramos seis séculos antes de Cristo, no cânon budista, quando Jesus diz: Isso é, Isso é. Isso não é. Isso não é. Tudo o que falamos a mais, vem do mal, vem do mental. Mental e mentira vem da mesma raíz. Então, trata-se de vermos as coisas tais quais elas são. (...)

O texto da Vulgata diz: Es es, non es, non es. ( Aquilo que é, é; aquilo que não é, não é.) E tudo aquilo que falamos a mais são sobreposições que nos afastam do real.

Metanoie-te, trata-se de purificar nosso olhar. Olhar com clareza, com lucidez. E será neste olhar lucido que poderemos amar verdadeiramente, que nós podemos amar além das nossas atrações e repulsões, que faz que sejamos capazes de amar inclusive nossos inimigos. Isso não é algo natural, uma vez que temos dificuldade de amar nossos próprios amigos, amar aqueles que nos amam é normal, mas amar aqueles que não nos amam isso se supõe uma enorme liberdade, e será através dessa liberdade que o Evangelho e o Cristo nos irão conduzir. 
Esta liberdade do qual Ele nos dá testemunho.
- Perdoai-os, eles não sabem o que fazem

Nós não sabemos o que estamos fazendo, não sabemos o que estamos dizendo, não sabemos o que estamos pensando. Nós precisamos desta compaixão, para não fecharmos os outros em seus atos ou palavras. Esta é a própria experiência do perdão: não fechar o outro dentro de seu karma;não fechar os outros dentro das consequências negativas de seus atos; e também nós mesmos, não nos fecharmos nas consequências negativas de nossos atos. Aqui há esta noção importante do karma, enquanto o encadeamento de causas e efeitos.

Nada daquilo que fazemos é sem consequências, e isso nos trás o sentido da responsabilidade, e é a isso que a tradição judaica e a tradição cristã chama de justiça, justiça imanente. Colhemos as consequências de nossos atos. Essas são palavras do Evangelho - Colhemos aquilo que semeamos. 
Existe então uma justiça, mas existe algo mais profundo que a justiça, esse fundo de misericórdia, esta possibilidade de perdão, que abre uma saída para nosso karma, onde não ficamos completamente fechados nas consequências de nossos karma, e este despertar não é somente para a próxima vida, mas que pode ser vivido nessa própria vida.

Os dois ladrões que foram crucificados ao lado de Cristo me surpreendem. Um deles diz: Salve a ti mesmo. E ele continua a insultar o Cristo. O outro diz:Estamos vivendo aqui a consequência de nossos atos, mas este homem no meio de nós nada fez de mal. E neste momento ele se volta para o Cristo e diz:Lembre-se de mim no teu ReinoLembre-se de mim no Reino do teu Espírito. E neste momento Jesus lhe diz: Hoje mesmo estarás comigo no paraíso. Ele não diz, que ele deverá vir numa próxima vida, para purificar as consequências dos seus atos. Mas, através deste ato de fé, de confiança, no poder do amor e da misericórdia, você poderá entrar hoje mesmo na consciência do despertar.(...)

Esse espaço em nós da não-morte, esse espaço em nós que já é livre, esse espaço em nós que já está salvo, em hebraico 'estar salvo' quer dizer respirar largo, amplo - Yesha. No nome de Yeshua ( Jesus em hebraico ) existe esta mesma raíz - Yesha . O nome de Jesus ( Yeshua ) significa - Deus salva. Quando invocamos o nome de Jesus, ( Yeshua) nós invocamos em nós este espaço de liberdade, de libertação, é importante lembrarmos disso; Este espaço já está aqui.

Me lembro que, quando perguntaram a Sri Ramana Maharshi para onde vais após a morte, e ele responde: Eu vou para onde Eu Sou desde sempre. 

E esta também é a resposta do Cristo: Lá onde Eu Sou também quero que vocês sejam. Esta consciência na qual me encontro, esta relação com a Fonte, que na minha linguagem chamo de Pai, esta relação com o princípio de toda existência, também é aí que vocês podem estar.

É importante lembrarmos que em algum lugar dentro de nós mesmos, já estamos despertos, já estamos salvos. Trata-se de tomarmos consciência deste dom que nos é dado, a isso chamamos de Graça, é algo gratuito, algo que não merecemos, mas uma realidade a qual podemos nos abrir. 

A isso na tradição cristã chamaremos de Sabedoria, ou seja, o conhecimento do Ser, o conhecimento do espaço infinito que está em nós. Este infinito é fonte de bondade. São palavras de Jesus: O sol brilha sobre os bons e os ruins; sobre o ouro e sobre o lixo.

Trata-se de despertar em nós este sol, esta presença, e todos os ensinamentos do Evangelho tem por objetivo este despertar; assim como todos os ensinamentos de Buda, tem como objetivo o despertar para essa bondade primordial.
Creio que as últimas palavras de Buda foram: Seja uma luz para si mesmo. Não sigam apenas o meu ensinamento, mas sejam uma luz dentro de vocês."
Jean-Yves Leloup - Palestra sobre Buda e Cristo 

Meus amigos - Loucos e Santos

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. 
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. 
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. 
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. 
Deles não quero resposta, quero meu avesso. 
Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim. 
Para isso, só sendo louco. 
Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças. 
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. 
Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. 
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. 
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. 
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos. 
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. 
Não quero amigos adultos nem chatos. 
Quero-os metade infância e outra metade velhice! 
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. 
Tenho amigos para saber quem eu sou. 
Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.

Oscar Fingal O'Flahertie Wills Wilde.
Dramaturgo, escritor e poeta irlandês.

Deus não existe!?

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

O que eu digo quando digo “Deus”? Cada palavra nos remete a uma experiência.
Se Deus não é para nós uma experiência, uma liberdade no coração de nossos condicionamentos, uma leve brisa no coração de nossos arquejos, então Ele não passa de uma palavra, um palavra utilizada para cometer todo tipo de opressão e crime, mas também de atos nobres, corajosos e pacientes.
A palavra “Deus” vem do latim dies que quer dizer “dia”. Quando eu digo “Deus”, estou falando do dia, do dia luminoso; eu digo que o fundo do ser é luz, “clara luz”, acrescentarão os budistas, assim enriquecendo a expressão.
A luz é aquilo que não vemos e aquilo que nos permite ver. Quanto mais pura é a luz, tanto mais ela é transparente e menos a vemos. Assim com só conseguimos ver a luz quando o tempo está brumoso, só “vemos” Deus nos momentos de confusão mental e idolatria.
Deus não é algo a ser pensado, ele é a Inteligência que nos permite pensar.
Deus não é algo a ser amado, ele é o Amor que nos permite amar.
Ninguém jamais o viu, pois a luz não é para ser vista.
Aquele que ama mora e permanece em Deus e Deus mora e permanece nele.
Só conhecemos a Deus através da “participação”: sendo, participamos do Ser (YHWH); sendo inteligentes, participamos do Ser que é Inteligência, Informação criadora (logos); amando, participamos do Ser que é Amor não condicionado (Agape).
Deus não existe. Ele é. Se Deus existisse, como tudo aquilo que existe, um dia ele teria que deixar de existir.
 O verdadeiro Deus não existe e toda apropriação do “verdadeiro” é uma fábrica de ídolos por vezes mortíferos e perigosos. “Meu” Deus não é “teu” Deus e em nome desse Deus que “temos”, todos os crimes são permitidos...
Se Deus existe, todos os crimes são permitidos... e é exatamente isso o que acontece. Se alguns crimes não fossem cometidos em nome de Deus, eles não seriam possíveis, o homem não seria suficiente para inspirar isso ao homem: tantos horrores, carnificinas e assassinatos de inocentes...
Felizmente, Deus não existe; tudo mais existe, apenas Deus não existe, assim como a luz que não é uma coisa dentre as coisas, assim como o Ser que não é um ser dentre os seres existentes, assim como o Amor que não é um amor dentre nossos amores. Esse Deus resiste a se fazer “objeto” de nosso desejo.
Será que podemos permanecer em silêncio? Entrar em relação com esse silêncio? Saboreá-lo como uma presença? Um espaço, uma vastidão no coração de tudo aquilo que nos fecha, nos estreita, nos condiciona fisicamente, psiquicamente, socialmente e, acrescentemos também, cosmicamente, já que fazemos parte da grande natureza que nos envolve?



Quem além de você?


Quem além de você, saberá o caminho do meu coração?... Quem me fará sorrir com uma única lembrança, entre tantas coisas e momentos por lembrar?... Quem me trará o sentido da vida com um único olhar, capaz de iluminar todas as minhas noites e escuridões?... Quem me fará ver estrelas nas noites de chuva e me fazer acreditar que elas existem mesmo quando escondidas?... Quem além de você poderá ter este amor tão intenso, e que não existirá em em outro lugar além de mim?...

Resquício sobre politicagem..

quinta-feira, 15 de outubro de 2015


Os gregos chamavam de idiota (Id = próprio/identidade) aqueles que se limitava a si mesmo, que não participava de uma vida pública, esse termo se destinava a pessoa que se conformava dentro dela mesma, isto é, a vida é cada por si e Deus por todos.
Politica, também, advém do grego, que deriva do termo Pólis, que pode ser traduzida por cidade-estado (comunidade), ou seja, política é o instrumento para estruturar a vida em sociedade/coletividade. Com isso, desdenho aqui todo argumento que apoia uma sociedade sem fazer política. Pois, para ser possivel uma sociedade necessita-se de Política. A possibilidade de construir criticas não é da Política, e sim, do modo como se faz. Logo, política é para aquele que participa da vida em comunidade.
É um pouco tolo dizer que dizer que não se mete em política. Pois, quem assim o faz, já se meteu. Há uma frase antiga que consigna que "os ausentes nunca tem razão". Colocar-se como neutro é condicionar-se ao lado de quem está vencendo. Por isso, dizer eu não participo é uma forma de participar.

Solidariedade música do amor

segunda-feira, 14 de setembro de 2015
Jesus subiu a uma montanha de onde podia contemplar a belíssima paisagem do Mar da Galiléia. A multidão que o seguia acomodou-se na grama. Muitos haviam visto ou ouvido falar de como ele pregava e também como curava muitos doentes que o procuravam. Entardecia... Pedro, mal humorado, comentou com André, seu irmão: “Andamos o dia inteiro com essa gente a nos seguir sem parar sequer para comer. Estou morrendo de fome e cansaço”.
Jesus ouviu o desabafo de Pedro. Olhou mais uma vez aquela multidão à sua volta... deu um suspiro profundo e disse a Filipe, que estava próximo a ele:“Essa gente toda está com fome. Onde vamos arranjar alimento para eles...?”
Filipe respondeu: “Nem se juntássemos meio ano de salário não daria para comprar sequer um pedaço de pão para cada um.”
Os apóstolos acenaram a cabeça, concordando. Pedro adiantou-se e disse: “Senhor, mande essa gente voltar para suas casas, lá eles encontrarão comida e descanso”. Tomé acrescentou: “e nós também poderemos comer e descansar em paz”.
Jesus retrucou: “Mas se vocês tem o que comer, dividam com essa gente...”
Ele se entreolharam em silêncio. Judas disse: “Mas nós também não temos nada”.
Judas mentia. Na última aldeia pela qual passaram, ele, que era quem cuidava do dinheiro do grupo, comprara pão, queijo e frutas. Guardara tudo em algumas sacolas que estavam escondidas. Como os outros, imaginava que se abrissem as sacolas ali, diante de todos, não sobraria uma migalha.
Na verdade, muita gente raciocinava da mesma forma. Eu também. No meu alforje havia um sanduíche de pão com carne de cordeiro, bem guardado, esperando o momento adequado para virar meu jantar.
Por um instante fez-se um silêncio constrangedor. Então, um rapazinho que estava ao meu lado ergueu-se e foi até André, o irmão de Simão Pedro. Conversaram. André disse a Jesus:
“Mestre, há aqui um rapaz que está oferecendo seu lanche.” E com um sorriso debochado: “São cinco pães de cevada e dois peixes! O que é isso para tanta gente?”
Jesus chamou o rapaz. Na verdade era quase um menino, um adolescente de seus 13 anos. Ele aproximou-se e sentou-se ao lado de Jesus que, passando o braço sobre seu ombro, fez um afago em seus cabelos dizendo:
“Então, rapaz, é você que vai garantir o nosso jantar?”. O garoto respondeu, mostrando um pequeno cesto: “Só tenho isso, Senhor, mas pode dividir com todos”.
Jesus pegou o cesto, fechou os olhos e fez uma breve oração. Depois se ergueu, partiu um dos pães, partiu também um peixe, fez um pequeno sanduíche e deu a Judas. Fez o mesmo com Pedro, Tomé, Filipe, João. Foi distribuindo a eles um pedacinho do alimento. Os apóstolos se entreolhavam, constrangidos. Eu e todos em volta, observávamos tudo, surpresos. Logo, Jesus ficou com o cesto vazio. Parou e olhou para nós. Com um sorriso, encolheu os ombros, meio dizendo, meio perguntando:
“Acabou!?” João gritou: “Judas, onde estão as sacolas?”. Judas, contrariado: “Ali, atrás daquelas árvores...”
João correu e trouxe as sacolas, colocando-as aos pés de Jesus. Ele chamou o garoto e disse: “Você me ajuda a distribuir?” O menino, sorridente, abriu a primeira sacola e ergueu no ar um belo pão de centeio, tostadinho, que logo foi sendo repartido de mão em mão. De repente, toda a multidão se agitou. É que as pessoas que tinham os alimentos guardados, escondidos, começaram a colocá-los na roda, envergonhados ou seduzidos pelos gestos de Jesus e do menino. Logo o alto da montanha tornou-se um imenso pic nic. Todos riam e falavam alto, livres do constrangimento inicial.
“Tome aqui, Malaquias, uma coxa de frango, deixa provar um pouco do seu vinho! Hum, Sara, esse bolo está uma delícia, experimente aqui da minha farofa!”
Ao meu lado estava um homem gordo e sorridente, de olho no meu alforje. Com o coração apertado tirei o sanduíche e ofereci um pedaço. Ele apanhou o sanduíche inteiro e agradeceu. Algumas dentadas e lá se foi o meu jantar. Olhei em volta, desolado, e dei com Jesus, bem diante de mim. Ele deu uma gargalhada e me chamou para perto dele. Eu me aproximei, sem graça e ele, fixando seus olhos em mim, me estendeu um pedaço de pão e um copo de vinho. Senti algo diferente, como se naquele olhar ele quisesse, na verdade, alimentar a minha alma e o meu coração.
A noite foi chegando, fogueiras foram sendo acesas. Rodas de amigos e famílias inteiras se reuniam, conversando, cantando, batendo papo descontraidamente, numa inesperada e espontânea festa. Jesus disse aos apóstolos: “Recolham toda a comida que sobrou. Que nada se perca. Vamos garantir o lanche da manhã.” Eles passaram entre os grupos e voltaram trazendo alimento suficiente para encher doze grandes cestos.
Jesus olhou o menino, sentado ao seu lado, e disse, num sorriso: “É, garoto, que milagre você fez aqui, hoje...!”.
O sorriso menino me fez lembrar o lanche coletivo, na escola infantil. Quando a gente guarda, estoca, acumula, falta; quando a gente compartilha, sobra...
Eduardo Machado/Outubro de 1997

Se Perfeição (Deus) por que há imperfeição?

quarta-feira, 26 de agosto de 2015



Se Deus é perfeito por que há imperfeição? Diria Leibiniz: Se Deus existe por que há o mal? Se Deus não existe por que há o bem?
Pensando em Deus perfeito, cantaria o louco na esquina: Se o mundo fosse perfeito não haveria mundo, e sim, Deus. Para que o mundo exista ele precisa ser diferente de Deus.
Não há outra alternativa era preciso fazer diferente. Fazer menos perfeito. Deus mais o mundo é pior, Deus sem o mundo é melhor.
A partir disso, aparece o supremo amor (ágape), que é recuar para que o amado avance.






RaFAel dE quEIroZ tORres

Sobre Igreja

quarta-feira, 5 de agosto de 2015
Se a igreja é o corpo do Cristo, as paredes catedráticas são suas covas... Não existe vida na pele de concreto sacralizados. O homem é o sangue que percorre as veias da comunidade e o Cristo é o coração que bombardeia a Missio Dei. 

Sobre o corpo

terça-feira, 28 de julho de 2015
Quando toca alguém nunca toque só um corpo. Quer dizer, não esqueça que toca uma pessoa e que neste corpo está toda a memória de sua existência. E, mais profundamente ainda, quando toca um corpo, lembre-se de que toca um Sopro, que este Sopro é o sopro de uma pessoa com seus entraves e dificuldades e, também, é o grande Sopro do universo. Assim, quando toca um corpo, lembre-se de que toca um Templo.
Jean-Yves Leloup

UM POUCO DO NADA SOBRE DEUS

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015


Deus,  é aquele silencio ensurdecedor. É a imagem distante da qual não vemos nada. É o perfume que tem em nós, mas nunca sentimos. O que realmente é desconhecido nunca será conhecido. Pode até nos iludir com um pouco do que é, para assim, despertamos a bondade que dorme no nosso peito. O homem não quer andar sem certezas. Porém, Deus, é incerteza. Engaiola-se então um deus para admirar-se a si mesmo. Enquanto isso Deus estará escorregando e acariciando entre os dedos daqueles que amam sem mesmo precisar falar Dele. Diria Rubem Alves: "Não precisamos dizer o nome 'rosa' para sentir seu perfume. Não precisamos dizer o nome 'mel' para sentir dua doçura. Muitas pessoas que jamais pronunciaram o nome de Deus o conhecem como reverência pela vida."



RafAEl De QueiROZ torREs--
"Examinai tudo. Retende o que é bom.”
- I Tessalonicenses, 5:21 -

O Senhor e Rei eterno
 

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