Deus não existe!?

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

O que eu digo quando digo “Deus”? Cada palavra nos remete a uma experiência.
Se Deus não é para nós uma experiência, uma liberdade no coração de nossos condicionamentos, uma leve brisa no coração de nossos arquejos, então Ele não passa de uma palavra, um palavra utilizada para cometer todo tipo de opressão e crime, mas também de atos nobres, corajosos e pacientes.
A palavra “Deus” vem do latim dies que quer dizer “dia”. Quando eu digo “Deus”, estou falando do dia, do dia luminoso; eu digo que o fundo do ser é luz, “clara luz”, acrescentarão os budistas, assim enriquecendo a expressão.
A luz é aquilo que não vemos e aquilo que nos permite ver. Quanto mais pura é a luz, tanto mais ela é transparente e menos a vemos. Assim com só conseguimos ver a luz quando o tempo está brumoso, só “vemos” Deus nos momentos de confusão mental e idolatria.
Deus não é algo a ser pensado, ele é a Inteligência que nos permite pensar.
Deus não é algo a ser amado, ele é o Amor que nos permite amar.
Ninguém jamais o viu, pois a luz não é para ser vista.
Aquele que ama mora e permanece em Deus e Deus mora e permanece nele.
Só conhecemos a Deus através da “participação”: sendo, participamos do Ser (YHWH); sendo inteligentes, participamos do Ser que é Inteligência, Informação criadora (logos); amando, participamos do Ser que é Amor não condicionado (Agape).
Deus não existe. Ele é. Se Deus existisse, como tudo aquilo que existe, um dia ele teria que deixar de existir.
 O verdadeiro Deus não existe e toda apropriação do “verdadeiro” é uma fábrica de ídolos por vezes mortíferos e perigosos. “Meu” Deus não é “teu” Deus e em nome desse Deus que “temos”, todos os crimes são permitidos...
Se Deus existe, todos os crimes são permitidos... e é exatamente isso o que acontece. Se alguns crimes não fossem cometidos em nome de Deus, eles não seriam possíveis, o homem não seria suficiente para inspirar isso ao homem: tantos horrores, carnificinas e assassinatos de inocentes...
Felizmente, Deus não existe; tudo mais existe, apenas Deus não existe, assim como a luz que não é uma coisa dentre as coisas, assim como o Ser que não é um ser dentre os seres existentes, assim como o Amor que não é um amor dentre nossos amores. Esse Deus resiste a se fazer “objeto” de nosso desejo.
Será que podemos permanecer em silêncio? Entrar em relação com esse silêncio? Saboreá-lo como uma presença? Um espaço, uma vastidão no coração de tudo aquilo que nos fecha, nos estreita, nos condiciona fisicamente, psiquicamente, socialmente e, acrescentemos também, cosmicamente, já que fazemos parte da grande natureza que nos envolve?



Quem além de você?


Quem além de você, saberá o caminho do meu coração?... Quem me fará sorrir com uma única lembrança, entre tantas coisas e momentos por lembrar?... Quem me trará o sentido da vida com um único olhar, capaz de iluminar todas as minhas noites e escuridões?... Quem me fará ver estrelas nas noites de chuva e me fazer acreditar que elas existem mesmo quando escondidas?... Quem além de você poderá ter este amor tão intenso, e que não existirá em em outro lugar além de mim?...

Resquício sobre politicagem..

quinta-feira, 15 de outubro de 2015


Os gregos chamavam de idiota (Id = próprio/identidade) aqueles que se limitava a si mesmo, que não participava de uma vida pública, esse termo se destinava a pessoa que se conformava dentro dela mesma, isto é, a vida é cada por si e Deus por todos.
Politica, também, advém do grego, que deriva do termo Pólis, que pode ser traduzida por cidade-estado (comunidade), ou seja, política é o instrumento para estruturar a vida em sociedade/coletividade. Com isso, desdenho aqui todo argumento que apoia uma sociedade sem fazer política. Pois, para ser possivel uma sociedade necessita-se de Política. A possibilidade de construir criticas não é da Política, e sim, do modo como se faz. Logo, política é para aquele que participa da vida em comunidade.
É um pouco tolo dizer que dizer que não se mete em política. Pois, quem assim o faz, já se meteu. Há uma frase antiga que consigna que "os ausentes nunca tem razão". Colocar-se como neutro é condicionar-se ao lado de quem está vencendo. Por isso, dizer eu não participo é uma forma de participar.

"Examinai tudo. Retende o que é bom.”
- I Tessalonicenses, 5:21 -

O Senhor e Rei eterno
 

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