Nós ocidentais costumamos a chamar de atentado terrorista
islâmico toda ação violenta que parte de um mulçumano, e nunca vemos nos
jornais que o IRA fizera um atentado terrorista católico. Há pessoas que matam,
porque gostam de matar. Há genocidas de ascendência católica como Hitler e
Mussolini. Há genocidas como Stalin que são ateus. Nós matamos em nome de deus,
em nome do ateísmo, nas cruzadas em nome de Jesus, em nome de Alá, enquanto não
se matar por esse motivo, se matará por outro. No Brasil, se decapita pessoas
nas penitenciarias do Paraná, queimam-se pessoas vivas nas periferias do Rio de
Janeiro, e nada disso é retratado como terrorismo. Nós temos violência social
intensa, não de cunho religioso, na maioria dos casos. Provavelmente o numero
de mortos no transito faria guerra civil. Não temos atentados terroristas de
cunho religioso, mas temos uma violência enorme, que talvez se um habitante da
síria, lendo os jornais tratando do numero de mortes no transito, ou sobre as
penitenciarias brasileira, ou vendo o numero de assassinatos nas ruas, se
sentiria mais seguro onde se estar. No momento não há clima de atentados de
base religiosa, pois, para a realidade brasileira não estamos conseguindo
concorrência para nossa violência.
Carta a um juiz criminal
Há 3 meses